Nossa História

PRECURSOR DO MISSIONÁRIO JOEL CARLSON EM PERNAMBUCO


Glória a Deus, o Pai Eterno,
Cujo trono é os céus;
O universo Lhe pertence.
Glória, sim, ao nosso Deus.

Eu te louvo! Eu te louvo!
Oh! Jesus, meu Salvador!
Dai-lhe glórias, ó remidos!
Pois Seu sangue limpa o pecador.

Esses são os primeiros versos de um dos belos hinos da nossa Harpa Cristã, o hino de número 10, traduzido pelo precursor da Obra Missionária Pentecostal aqui em Pernambuco. 

Estamos falando do servo de Deus, o irmão Adriano Nobrecooperador do missionário Gunnar Vingren, que foi enviado pelo mesmo, aqui para o Recife, no ano de 1916, para anunciar a mensagem da cruz, o evangelho pleno que transforma o homem pecador em uma nova criatura e que em sua mensagem trazia a nova doutrina do batismo com o Espírito Santo, dons espirituais e uma nova forma de oração proferida em grupo. Era o início do Movimento Pentecostal.

Os cultos eram realizados em casas de pessoas interessadas na nova doutrina do pregador que também realizava visitas às famílias que lhe davam atenção, tendo em uma destas visitas conhecido um casal de irmãos membros de uma outra Igreja evangélica, o irmão João Ribeiro e a sua esposa irmã Filipa Ribeiro, tendo os mesmos cedido a sua residência para a realização dos cultos.

Essa casa ficava situada na Rua Velha, número 27 no bairro da Boa Vista, sendo considera a primeira casa de culto do Movimento Pentecostal em Pernambuco. É ele quem batiza os dois primeiros novos convertidos no Rio Capibaribe, tendo um desses, a irmã Luli Ramos, recebido o batismo no Espírito Santo, tornando-se a primeira a ter a promessa do derramamento do poder de Deus aqui no Estado.

Quem foi o Irmão Adriano Nobre

Foi membro da Igreja Presbiteriana de Belém – PA trabalhou nos seringais, comandou navios em uma companhia de navegação que fazia o transporte de passageiros pelos rios da amazônia, muito comum na Região Norte do país. Falava fluentemente a língua inglesa o que foi fundamental para ensinar aos missionários recém-chegados a língua portuguesa.

Sendo crente presbiteriano, creu na atualidade do Batismo com o Espírito Santo com a evidência no falar em línguas estranhas através da mensagem do missionário a quem dava assistência e então filia-se à Missão passando a  exercer várias atividades. Pode-se afirmar que foi o nobre pastor que “espiou a terra” e viu que era boa! Glórias a Deus que é poderoso para cumprir com a Sua Palavra!

O MISSIONÁRIO JOEL CARLSON CHEGA A PERNAMBUCO



Após a passagem do irmão Adriano Nobre aqui na Capital Pernambucana, chega em 20 de outubro de 1918, procedente de Belém-PA, onde estava aprendendo a língua portuguesa, o Missionário Joel Franz Adolf Carlson.






SUA CHAMADA PARA O CAMPO MISSIONÁRIO


Joel Carlson era membro da Igreja Batista na Suécia e servia nas forças armadas do seu país. Em uma operação militar, o mesmo sofreu um acidente, sendo levado para um hospital especializado em atendimento de urgências e após todos os procedimentos, ficou sendo assistido por uma enfermeira muito dedicada. Essa enfermeira chamava-se Signe Hedlund, e tal qual era a sua atenção e dedicação, que o irmão Joel despertou um sentimento afetivo por ela, sendo, portanto correspondido, chegando ao enlace matrimonial em 1917. 

Naquele período, a Igreja em Estocolmo, a mesma que enviara Daniel Berg e Gunnar Vingren, estava sob um mover do Espírito Santo, onde Lewi Pethrus, pastor daquela Igreja, nutria um grande amor pela obra missionária. Signe frequentava a Igreja Filadélfia onde Joel frequentou por pouco tempo e mesmo sendo recém-casados foram consagrados e enviados para o Brasil chegando aqui em janeiro de 1918 depois de passarem pelos Estados Unidos, sendo enviados para Pernambuco, pelo missionário Gunnar Vingren, nove meses depois. 

Aqui chegando, foram residir próximo ao mangue, em um barracão sem nenhuma estrutura, no bairro dos Coelhos às margens do Rio Capibaribe, onde ficaram até o ano de 1919, de onde se mudaram para o número 812 da Rua Imperial no bairro de São José.






O Casal teve quatro filhos: Borje Joel Carlson – que faleceu aos três meses de idade, Ruth Signe Carlson, Hagnar Carlson e Elsa Carlson que cresceram e ajudaram seus pais na implantação oficial da Igreja em Pernambuco.


A CONSTRUÇÃO E INAUGURAÇÃO DO TEMPLO CENTRAL DA IGREJA NO BAIRRO DA ENCRUZILHADA - RECIFE/PE

O crescimento visível da obra salvífica de Cristo em Pernambuco, realizada através da evangelização dos assembleianos, foi tal, que foi necessário a ampliação da igreja, e, para esse feito, a igreja deveria dispor de um espaço maior, com conforto onde pudesse acomodar os irmãos que se acrescentava ao movimento pentecostal aqui no nosso estado. Nesse tempo o Missionário Joel Carlson achou por bem adquirir um terreno próprio para que fosse construída a sede da igreja.

Batismo nas águas de novos irmãos - 1937

Foi adquirido um terreno na Rua Castro Alves, 225 no bairro da Encruzilhada no Recife com recursos oriundos de uma campanha da igreja que estava bastante animada para a construção do seu primeiro templo de fato. o imóvel adquirido tinha bastante vegetação onde relatos dão conta de que o Missionário Joel Carlson antes de iniciar a obra fez uma oração dentro do mato agradecendo a aquisição mostrando que essa igreja cresceu sob o manto da oração.

O projeto do templo foi uma idealização do missionário Joel Carlson que em reunião com mestres e pedreiros disse como queria que fosse o templo e os mesmos elaboraram o desenho (planta) que tinha que ser apresentada às autoridades competentes. 

3ª Escola Bíblica de obreiros

O avanço da obra se deu com recursos da igreja mãe em Estocolmo na Suécia que enviava recursos para o sustento do missionário, ofertas voluntárias também eras enviadas da igreja de Estocolmo. A construção teve seu início em 1927. A participação dos irmãos da igreja local também foi fundamental, pois os mesmo doavam material de construção e ofereciam mão de obra em forma de mutirão onde até mesmo crianças ajudavam carregando tijolos de barro batido (maciço). 

Em um de seus depoimentos a irmã Signe Carlson, filha do Missionário, conta que também foi uma das crianças que ajudou na obra carregando tijolos. Relatos também dão conta de que alguns trabalhadores da construção, não evangélicos, que trabalhavam na obra se converteram ao Senhor passando a integrar esta tão grande obra.
Templo da Encruzilhada em uma noite festiva - 2013

A construção avançou e algumas pessoas que passavam na frente da construção diziam: Esse pastor tá doido, onde é que essa igreja desse tamanho nunca vai encher! E hoje podemos ver o mover do Espírito Santo de Deus fazendo a obra prosperar e vidas sendo salvas para o Reino de Deus. E assim em 15 de abril de 1928 foi inaugurado o Templo para honra e glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

1919 – O ANO DO INÍCIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DA IGREJA AD-PE



Com o avanço da evangelização, que se dava nos bairros mais carentes do Recife e adjacências, a igreja começou a crescer e as famílias que se convertiam, eram as mais humildes e mais carentes, e havia crianças órfãs e crianças também abandonadas, fato que foi observado pelo missionário Joel Carlson que decidiu fazer algo, instalando um orfanato que foi destinado, a princípio, ao amparo de crianças do sexo feminino. 



Essas instalações funcionaram de início no bairro de Afogados, sendo transferido logo depois para Coqueiral e em seguida para um casarão no bairro de Beberibe que foi adquirido pelo missionário em um leilão, propriedade que pertencia à família Meira de Vasconcelos. 



Há relatos que esta propriedade era conhecida como a “casa do pavão” por ter em sua fachada uma imagem de um pavão muita bela e visível a quem passasse pela praça, a Praça da Convenção no bairro de mesmo nome.


Instalado no novo local, no casarão em Beberibe, as condições de atendimento às crianças foram melhoradas. A quantidade de crianças acolhidas pelo orfanato girava em torno de 60 e a assistência era completa. O atendimento médico era feito poi dois doutores que se revezavam sendo eles: Milton Gomes e José Lima. A educação escolar estava a cargo da professora Izabel Lins.


As visitas aos internos acontecia no primeiro domingo de cada mês e quando dessas visitas, as famílias que tinha um melhor poder aquisitivo e desejassem, faziam o convite para saber se algum interno tinha o interesse de sair do abrigo e passar a residir com essa família, o que muitas crianças não aceitavam, pois o atendimento no orfanato era de boa qualidade e que teriam extensão escolar e de lá provavelmente só sairiam quando se formassem ou contraíssem matrimônio.


Após o missionário Joel Carlson passar a estar com o Senhor, o orfanato continuou sendo apoiado pela Secretaria de Missões da Igreja em Estocolmo na Suécia, mesmo a Igreja em Pernambuco já tendo uma certa condição de manter o orfanato.



Para ampliar ainda mais, o orfanato teve que se mudar para a vizinha cidade de Abreu e Lima Onde passou a ser administrado pela Igreja em Abreu e Lima através de acordo firmado entre a Igreja e a Secretaria de Missões da Igreja em Estocolmo na Suécia passando a funcionar com o nome de Orfanato Estrela de Betel. 






Nossa História


No início da Igreja, era raridade o empenho dos primeiros irmãos pela música, quer seja cantada individualmente ou em grupo. Isso ocorria provavelmente por não terem uma certa habilidade ou conhecimento da arte da música e não se sentirem motivados. os cânticos, neste período, eram entoados por toda a congregação de forma espontânea, uma verdadeira adoração vinda de dentro da alma.

O Missionário Joel Carlson percebeu que era tempo de mudar e investiu nos estudos de um jovem chamado João Vieira, que estudou música no Conservatório Pernambucano de Música, tendo pedido ao Missionário para colocar em prática o que tinha aprendido, organizando então um grupo de adolescentes tendo sido inaugurado então a partir daí o primeiro Coral da Assembleia de Deus em Pernambuco. 

Em seu início não tinha um nome específico, era conhecido e chamado de "Coral do Templo Central" tendo permanecido assim até os anos 90. Já no novo Templo Central, foi então lhe dado um nome: Coral Filadélfia por escolha do seu regente à época, o Maestro Abner Apolinário.

Após a inauguração do Coral Filadélfia, em 11 de janeiro de 1934, outras congregações já tinham sido organizadas em outras localidades como por exemplo: Casa Amarela, Fundão, Jiquiá, Cavaleiro, Olinda, Areias, Torre, Passarinho e outras e a partir daí estas congregações também começaram a organizar os seus respectivos corais.

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